Imagine o seguinte: você começa um pequeno negócio.
Com o tempo, troca ferramentas, reforma o escritório, contrata novas pessoas e até muda o propósito inicial da sua empresa.
Olhando para trás, ela ainda é a mesma que você começou?
Essa é a essência do Paradoxo de Teseu.
E, se esse dilema filosófico já é complicado para um simples barco na mitologia, o que dizer das empresas que mudam constantemente para se adaptarem ao mercado?
Vamos explorar esse enigma juntos.
O Paradoxo de Teseu
O Paradoxo de Teseu vem da filosofia grega.
Imagine um navio que, ao longo de uma viagem, tem cada tábua substituída.
No final, seria o mesmo navio? Isso levanta questões profundas sobre identidade e mudança.
Trazendo isso para o mundo corporativo: uma empresa que muda sua estratégia, cultura e até mesmo sua marca, permanece a mesma ou se torna algo completamente novo?
Parece abstrato, mas basta pensar na Netflix. Ela começou alugando DVDs e, hoje, é um gigante do streaming.
A pergunta é: em que ponto ela deixou de ser “uma locadora”?
Exemplos Práticos
Apple: Lembra quando a Apple era só sobre computadores?
Hoje, ela é um ícone de design e inovação tecnológica.
O que define a Apple não são mais os produtos, mas uma visão de inovação.
Seria justo dizer que deixou de ser a empresa que Steve Jobs fundou na garagem?
Kodak: Um exemplo trágico. Ela resistiu às mudanças e permaneceu “a mesma”.
O resultado?
Um ícone da fotografia analógica que não conseguiu sobreviver na era digital.
Nesse caso, ser inflexível na identidade foi a sua ruína.
Sua Empresa: Quantas vezes você já viu uma pequena empresa local reformar tudo – desde o nome até o modelo de negócio – para se manter relevante?
Talvez aquela padaria que virou um café gourmet seja um exemplo claro.
VAMOS PENSAR…
A grande questão aqui não é apenas “quem somos?”, mas “quem precisamos ser?”.
Empresas, assim como pessoas, evoluem para sobreviver.
A identidade de uma empresa não está gravada em pedra; é um processo vivo e mutável.
Mas como você sabe se está apenas evoluindo ou se transformando em algo irreconhecível?
Aqui entra a essência do Paradoxo: às vezes, mudar tudo é a única forma de continuar sendo “você mesmo”.
Porém, há um limite.
Se você trocar tanto, corre o risco de perder a conexão com sua essência e com as pessoas que acreditam na sua marca.
Soluções e Estratégias Práticas
Entenda sua essência: O que torna sua empresa única?
É a visão? Os valores? Seus clientes?
Identifique esses elementos e mantenha-os intactos, mesmo que tudo ao redor mude.
Adapte com propósito: Não mude só porque todo mundo está mudando.
Alinhe suas transformações às necessidades reais do mercado e às suas ambições.
Comunique-se: As pessoas precisam entender por que você está mudando.
Isso cria confiança e ajuda a manter a conexão com seus clientes e colaboradores.
Faça checkpoints: Revise regularmente sua identidade empresarial.
Pergunte: “Ainda somos fiéis ao que queremos ser?”
A identidade de uma empresa é como um navio navegando em águas turbulentas.
Para não afundar, você precisa fazer reparos constantes.
Mas, ao fazer isso, nunca perca de vista o que te mantém à tona: sua essência.
Porque no fim das contas, não é sobre as tábuas do navio, mas sobre quem o está navegando.
E você? Já pensou em como as mudanças estão moldando sua empresa (ou até você mesmo)?
Deixe seu comentário, quero muito ouvir sua visão sobre isso!