O Ciclo de Kondratiev e as Ondas do Capitalismo

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Sabe aquela sensação de que o mundo inteiro está indo de mal a pior?

Que tudo parece preso numa crise que não termina nunca?

Pois é, não é só uma impressão.

Existe uma teoria que diz que a economia mundial, na verdade, é movida por ciclos que se repetem de tempos em tempos – os chamados ciclos de Kondratiev.

Nunca ouviu falar? Vamos explorar isso juntos.

Reprodução Gráfica: Geografia Opinativa

Então, o lance é o seguinte: Nikolai Kondratiev, um economista russo da década de 1920, percebeu que o capitalismo segue um tipo de “respiração” econômica – uma sequência de expansão e retração que dura entre 40 e 60 anos.

Basicamente, ele disse que a economia funciona em ondas: a coisa cresce, todo mundo surfa a onda, vem a crise, o mercado despenca, e depois – adivinhe – começa tudo de novo.

Parece familiar?

Agora, o interessante é que essa teoria incomodava todo mundo na época.

Os soviéticos, claro, odiavam a ideia de que o capitalismo pudesse se reinventar e sobreviver a crises (para eles, a Crise de 1929 deveria ser o fim do sistema).

Já os capitalistas também torciam o nariz, porque ninguém gosta de pensar que está inevitavelmente fadado a enfrentar crises profundas de tempos em tempos.

Mas a verdade é que, quer gostemos ou não, esses ciclos vêm e vão, e cada fase traz consigo suas próprias mudanças e inovações.

Primeiro Ciclo: A Revolução da Máquina a Vapor

Reprodução Gráfica: Geografia Opinativa

Imagina o mundo em 1790, com as primeiras máquinas a vapor surgindo e transformando a maneira como tudo era feito.

Esse foi o começo do que Kondratiev chamou de “primeiro ciclo”.

Com essas máquinas, o lucro disparou e o mundo parecia estar em uma fase de expansão. Mas, como sempre, o mercado começou a se saturar, os investimentos diminuíram e a economia entrou em recessão por volta de 1820.

Era o começo da famosa “fase b” do ciclo, aquela fase mais sombria.

Mas aí veio a salvação: novas invenções, como os transportes a vapor – trens e navios – abriram as portas para mais investimentos.

Esse tipo de coisa parece simples hoje, mas naquela época era como reinventar o mundo.

Foi esse empurrão que levou o capitalismo para a fase de crescimento de novo, até tudo começar a desandar novamente.

E assim seguimos.

Depois, Vieram as Outras Revoluções

Os ciclos seguintes seguiram o mesmo padrão.

O Segundo foi a era do transporte movido a vapor, depois a eletricidade e o motor a combustão (pensa em carros e fábricas automatizadas).

Cada inovação trouxe uma nova fase de crescimento e, claro, uma nova crise.

Os capitalistas iam ao céu e ao inferno com a mesma intensidade.

E aí chegamos ao terceiro ciclo, que ficou marcado pela Segunda Revolução Industrial – aquela com os Estados Unidos e a Alemanha liderando a parada enquanto a Inglaterra, que dominava a indústria, ficava para trás.

Reprodução Gráfica: Geografia Opinativa

Por quê? Porque estavam presos ao passado, com um parque industrial antiquado.

Talvez o mundo seja assim mesmo: quem está no topo, se não se reinventar, acaba engolido pelo próximo ciclo.

E Hoje? Onde Estamos?

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Agora a coisa fica interessante.

Estamos no que seria o quarto ciclo de Kondratiev, iniciado lá na década de 1940 com a robótica, a biotecnologia e o começo da digitalização.

O problema é que, segundo a teoria, esse ciclo já deveria ter dado lugar a uma nova fase de crescimento.

Mas olha só: estamos há anos numa espécie de “inverno econômico” prolongado, e nada de primavera à vista. Por quê?

A resposta pode estar na forma como o mundo tem lidado com essa crise.

Em vez de investir pesado em novas invenções e revoluções industriais, muitos governos e bancos centrais estão segurando a barra com estímulos financeiros.

Resultado? Dinheiro girando no mercado financeiro, mas pouca coisa nova aparecendo para impulsionar a economia real.

É como se o sistema estivesse com medo de passar pela “destruição criativa” necessária para o próximo ciclo.

E o Brasil?

Ah, o Brasil… Nosso papel nesses ciclos sempre foi o de dar um jeito de “crescer pra dentro”.

Em tempos de recessão global, enquanto os países desenvolvidos seguravam seus investimentos, nós partíamos para a substituição de importações, produzindo aqui o que antes vinha de fora.

Só que, no último ciclo, conseguimos entrar de fato na era da industrialização.

Mas será que agora vamos seguir o mesmo caminho, ou estamos presos numa crise eterna, esperando que o próximo ciclo nos carregue junto?

Então, o que isso significa para a gente?

A verdade é que entender esses ciclos ajuda a ver a crise como parte de um processo natural.

A crise não é o fim – é só o começo de um novo ciclo, um reset necessário.

Claro, isso não torna as coisas mais fáceis, mas ajuda a ver que cada “inverno” econômico é seguido por uma “primavera” cheia de novas oportunidades.

Mas a pergunta que fica é: será que vamos aproveitar essa próxima onda ou ficar parados, presos na nostalgia do que já passou?

E você, o que acha? Estamos só patinando ou à beira de uma nova era de crescimento?

E claro, como sempre tem referência, afinal, você precisa questionar!

Obs.: O conteúdo lá do site Geografia Opinativa está incrível, e bem mais completo que este! Te recomendo visitar!!!

Wikipedia AQUI

Sobre o Autor

Matheus De Souza

Meu nome é Matheus de Souza, e criei o Skin in the Hack como um espaço para compartilhar o que aprendi ao longo de uma trajetória cheia de desafios e descobertas. Saí de uma realidade difícil e, passo a passo, fui buscando conhecimento e entendendo que as respostas não estão prontas — muitas vezes, elas precisam ser construídas.

Hoje, sou estudante de administração e designer de tudo o que me cativa, sempre interessado em explorar formas de viver com mais sentido, liberdade e autenticidade. Neste blog, divido reflexões e ideias práticas que podem ajudar você a enxergar novas possibilidades, assim como eu também continuo descobrindo. Aqui, cada um tem espaço para buscar suas próprias respostas e se sentir parte de algo maior.

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Matheus De Souza

Meu nome é Matheus de Souza, e criei o Skin in the Hack como um espaço para compartilhar o que aprendi ao longo de uma trajetória cheia de desafios e descobertas. Saí de uma realidade difícil e, passo a passo, fui buscando conhecimento e entendendo que as respostas não estão prontas — muitas vezes, elas precisam ser construídas.

Hoje, sou estudante de administração e designer de tudo o que me cativa, sempre interessado em explorar formas de viver com mais sentido, liberdade e autenticidade. Neste blog, divido reflexões e ideias práticas que podem ajudar você a enxergar novas possibilidades, assim como eu também continuo descobrindo. Aqui, cada um tem espaço para buscar suas próprias respostas e se sentir parte de algo maior.

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