Hierarquia de Dominância: Quem Realmente Move as Coisas por Aqui?

H

Você já parou para pensar em quem são as verdadeiras referências no seu trabalho?

Não estou falando do chefe que assina o crachá ou daquele gestor que adora uma reunião longa.

Estou falando das pessoas que, de alguma forma, sempre sabem o que está acontecendo, conseguem resolver pepinos rapidamente e, na prática, acabam sendo o ponto de apoio quando as coisas apertam.

Pois é, em qualquer equipe, sempre existem essas “figuras de referência” – as lideranças que vão além do cargo, mas que têm aquele magnetismo natural.

Pode até ser que elas não estejam em posições formais de liderança, mas, mesmo assim, as decisões e as direções do time acabam passando por elas.

O Que Está Por Trás da Hierarquia de Dominância?

Influência é algo curioso.

Diferente do poder formal, que muitas vezes é imposto, a influência se conquista.

Não é sobre ser o mais inteligente da sala, mas sobre saber ler o ambiente, escutar o que os outros têm a dizer e, de alguma forma, entender a “temperatura” do grupo.

É aquela pessoa que parece ter um radar interno para o que o time precisa, quem consegue resolver questões com naturalidade – e sem precisar elevar o tom.

Esse tipo de liderança sutil tem muito a ver com o conceito de “Skin in the Game”, do Nassim Taleb.

Taleb fala que as pessoas de verdade, aquelas que ganham respeito, são as que arriscam, que estão realmente envolvidas no que fazem, enquanto outros apenas seguem roteiros e se protegem.

Essas “lideranças naturais” no ambiente de trabalho geralmente estão colocando “a pele em jogo” de alguma forma – seja resolvendo problemas ou assumindo riscos que ninguém mais quer.

No fundo, o que move essas lideranças silenciosas é uma mistura de confiança e competência.

E isso lembra o que Stephen R. Covey fala em “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”: ele defende que a confiança é a base de qualquer influência verdadeira.

Não adianta ser o mais barulhento, o mais “importante”, se você não inspira confiança.

Quem confia, segue, e quem tem confiança de um grupo, já conquistou a influência que realmente importa.

Liderança Natural Não é Quebra de Hierarquia

A hierarquia oficial existe por uma razão – para manter a organização e garantir que todos saibam quem responde pelo quê.

O que estamos abordando aqui é algo que complementa a estrutura, não que compete com ela.

Liderança natural significa ganhar o respeito e a confiança do grupo de maneira mais orgânica, mas sem ameaçar ou desafiar diretamente a hierarquia estabelecida.

É sobre se tornar uma referência dentro do seu papel, e não sobre se sobrepor aos cargos formais.

O objetivo não é “subir” a qualquer custo, mas influenciar positivamente, seja qual for a sua posição.

Como Reconhecer as Lideranças Naturais na Hierarquia?

Pense bem: quem é que, quando dá uma opinião, a equipe realmente escuta?

Muitas vezes, não é quem está mais preocupado em parecer importante, mas quem sabe fazer uma observação certeira na hora certa.

E sabe o que é mais interessante?

Muitas dessas figuras de referência nem precisam estar sempre em evidência.

Elas estão ali, tranquilas, mas quando o bicho pega, você vê o pessoal do time buscando suas orientações ou querendo saber o que elas pensam.

Essas lideranças têm uma influência discreta que lembra o conceito de “Liderança Servidora” de Robert Greenleaf.

No livro “Servant Leadership”, Greenleaf fala sobre como o verdadeiro líder serve ao grupo, escutando, colaborando e resolvendo.

Em vez de impor sua autoridade, ele constrói uma influência que é quase invisível, mas incrivelmente poderosa.

Eu ainda não terminei a leitura deste, pois estou traduzindo enquanto leio, mas tem abordado o tema de maneiro bem intrínseca até então.

Quer Conquistar a Sua Influência na Hierarquia?

Aqui está a chave: ser uma referência no trabalho não significa ser o mais “visível” ou o mais barulhento.

Influência verdadeira tem a ver com pequenos gestos de confiança, com a capacidade de resolver problemas e com a paciência de entender o que está em jogo antes de dar uma opinião.

Escute Mais do Que Fala: Às vezes, o silêncio e a observação valem mais do que mil palavras.

Escutar é uma habilidade subestimada, mas é a base de qualquer relação de confiança.

Como diria Dale Carnegie em “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, ouvir é uma das ferramentas mais poderosas para construir relacionamentos reais.

Seja Resolutivo, Não Apenas Crítico: Tem muita gente que sabe apontar problemas, mas poucos se prontificam a resolver.

Se você quer ganhar a confiança do seu time, comece oferecendo soluções práticas.

Valorize o Conhecimento dos Outros: Reconhecer a experiência e as qualidades dos colegas é uma forma sutil, mas poderosa, de criar aliados e de mostrar que você não está ali só para se destacar, mas para somar.

Construa Credibilidade com o Tempo: Em vez de querer ser notado o tempo todo, foque em construir uma reputação sólida.

As pessoas respeitam quem elas sabem que entrega resultados, sem precisar fazer alarde sobre isso.

O Que Isso Muda Para Você?

A grande questão aqui não é sobre “subir na hierarquia” ou conquistar um título.

É sobre o valor de se tornar uma pessoa que o time realmente respeita e confia.

Essa influência silenciosa, quando bem trabalhada, é o tipo de “poder” que ninguém tira de você.

E, com o tempo, isso abre portas que muitas vezes ficam fechadas para aqueles que só se preocupam em parecer importantes.

No fim, o que estamos falando é sobre uma nova maneira de enxergar a hierarquia de dominância.

Em vez de tentar “vencer” os outros, que tal construir sua credibilidade, se tornar a pessoa a quem todos recorrem? Essa é a verdadeira liderança – a que não precisa de crachá, título ou cargo.


Leituras Recomendadas:

  • Skin in the Game, de Nassim Taleb: uma reflexão sobre a importância de arriscar e como isso afeta nossa credibilidade.
  • Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, de Stephen R. Covey: um guia sobre construir confiança e relações verdadeiras.
  • Servant Leadership, de Robert Greenleaf: uma visão de liderança focada em servir e apoiar o grupo.
  • Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie: um clássico sobre como construir conexões e influenciar com empatia.

E você, já percebeu quem são as figuras de referência na hierarquia de dominância do seu trabalho e até do seu ciclo social?

Sobre o Autor

Matheus De Souza

Meu nome é Matheus de Souza, e criei o Skin in the Hack como um espaço para compartilhar o que aprendi ao longo de uma trajetória cheia de desafios e descobertas. Saí de uma realidade difícil e, passo a passo, fui buscando conhecimento e entendendo que as respostas não estão prontas — muitas vezes, elas precisam ser construídas.

Hoje, sou estudante de administração e designer de tudo o que me cativa, sempre interessado em explorar formas de viver com mais sentido, liberdade e autenticidade. Neste blog, divido reflexões e ideias práticas que podem ajudar você a enxergar novas possibilidades, assim como eu também continuo descobrindo. Aqui, cada um tem espaço para buscar suas próprias respostas e se sentir parte de algo maior.

Comentar

Matheus De Souza

Meu nome é Matheus de Souza, e criei o Skin in the Hack como um espaço para compartilhar o que aprendi ao longo de uma trajetória cheia de desafios e descobertas. Saí de uma realidade difícil e, passo a passo, fui buscando conhecimento e entendendo que as respostas não estão prontas — muitas vezes, elas precisam ser construídas.

Hoje, sou estudante de administração e designer de tudo o que me cativa, sempre interessado em explorar formas de viver com mais sentido, liberdade e autenticidade. Neste blog, divido reflexões e ideias práticas que podem ajudar você a enxergar novas possibilidades, assim como eu também continuo descobrindo. Aqui, cada um tem espaço para buscar suas próprias respostas e se sentir parte de algo maior.

Contato

Quer compartilhar sua história, trocar ideias ou explorar novas perspectivas? Entre em contato e vamos construir juntos o espaço que você precisa para questionar, aprender e crescer.